POEMA DA GRATIDÃO.
Muito obrigado Senhor! Muito obrigado pelo que me deste e pelo que me dás. Pelo pão, pela vida, pelo ar, pela paz. Muito obrigado pela beleza que os meus olhos vêem no altar da natureza. Olhos que fitam o céu, a terra e o mar; Que acompanham a ave ligeira que corre fagueira pelo céu de anil, E se detém na terra verde, salpicada de flores em tonalidades mil. Muito obrigado Senhor! Porque eu posso ver meu amor. Mas diante da minha visão Eu detecto cegos guiando na escuridão, que tropeçam na multidão, que choram na solidão... Por eles eu oro e a ti imploro comiseração; porque eu sei que depois desta lida, na outra vida, eles também enxergarão! Muito obrigado Senhor! Pelos ouvidos meus que me foram dados por Deus. Ouvidos que ouvem o tamborilar da chuva no telheiro; A melodia do vento nos ramos do olmeiro; As lágrimas que vertem os olhos do mundo inteiro! Ouvidos que ouvem a música do povo que desce do morro na praça a cantar. A melodia dos imortais, que se ouve...